sábado, 25 de janeiro de 2014

Monção de inverno

A dor é lancinante.
Alma sofre, coração anseia.
Lágrimas…

Sofreguidão seguida do fim.
Podaram suas asas,
Sonhos remendados.

Conformismo diante da dor
Vida que segue manca,
Avessa, meio vazia.

Aquele beco escuro parece tão solitário, cúmplice dos pecados que ainda não foram cometidos. Estranho espaço vago, que assombra os dias; esfria o café; descobre os pés…

Gélido inverno que não cessa.

Ventos frios,
Chove;
Inunda o rosto daquele que tenta compreender o que não há entendimento.

Onde foi parar a voz
O grito sufocado de medo
Rouquidão clama por seu gosto
Cheiro;
Toque;
Pele.
Algoz é o sopro de esperança,
Caminha em direção à primavera
Longínqua estrada sem fim
Com parada certa em ser

Seu.

(Viviam Baddini)

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