sábado, 25 de janeiro de 2014

Egocentrismo inacabado

Moça,

Aproxima sua pele da minha e roça esse seu sexo desnudo no meu. Torno-me mais passivo e impaciente sentindo seus cabelos no meu corpo sensível, febril. Suplico por seus toques, seus lábios, ainda intocados pelos meus sentidos. Engulo meus instintos e sigo seus apelos. Pelos arrepiados, seios entumecidos e nossa volúpia sendo atraída pelo odor cítrico dessa luxúria. Suas curvas delirantes fazem o mais lúcido sacerdote perder o controle… Essa insanidade me diverte, excita, consome!

Temo anunciar minha partida, antes mesmo de receber as boas-vindas da chegada. Esses anseios por seus volumes podem tornar-se espirituais, sentimentais. Então retiro os pensamentos de sua tez e volto a meu interior, recolocando a mim no centro de meus delírios.

(Viviam Baddini)

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