Mesmo quem está de luto, sabe que não há o que fazer por quem já foi. Há de se preocupar com quem ainda vive. Há de se cobrar um estado negligente, que permite show em uma casa noturna sem alvará; uma casa de shows capitalista ao extremo, que preza mais seu dinheiro do que vidas: primeiro deixando a lotação exceder o seu limite, depois impedindo as pessoas de saírem sem pagar; há de se lamentar o estado em que o ser humano se encontra, procurando piadas onde só há dor e indignação, onde só há o lamento por tantas jornadas interrompidas de repente, num piscar de olhos.
É triste, é assustador. Mais ainda a reação apática de algumas pessoas, que agem como se simplesmente não precisassem se importar.
(Viviam Baddini)
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